5.7.05

Voluntários ou Não: não é essa a questão!...

Ontem fiz o teste de check up de HIV.
(correu tudo e deu negativo para os interessados)

Para saber informações liguei para o SOS SIDA (800225115), onde fui muito bem atendido.
Indicaram-me locais onde poderia fazer o teste e indicaram-me que existe um veículo do CAD que passa por determinados sítios e que hoje estaria acessível. Disseram-me que poderiam dar-me o número de contacto, para falar directamente com as pessoas e saber com total exactidão onde estariam e horário de funcionamento.
Até aqui tudo bem!

Convém esclarecer antes de mais nada que eu não estava ansioso em fazer o teste, não tinha nada que me colocasse nervoso com receio do resultado. Optei por fazê-lo pois não o fazia já a algum tempo, e de facto optei por não adiar mais e aproveitar o tempo livre que tinha.
Até aqui tudo bem!

Mas temos que ser realistas. Há muitas pessoas que quando fazem este teste não é só para check-up. Há muita gente que vai fazer o teste com receios fundamentados, devido a possíveis situações de risco que tenham estado expostas e aí normalmente estão nervosas e muitas vezes em pânico (já colaborei numa instituição prestado informações, e como esta era uma delas, sei do que falo).
Até aqui tudo bem!

Voltando à minha história, o que é certo é que liguei ao número que me indicaram e falei logo com uma voz feminina que me pergunta logo quem é que fala. Perguntei se falava do veiculo do CAD que fazia testes de despiste do HIV para ter informações sobre onde estão e o horário. Resposta que obtenho do outro lado logo é "Quem é que lhe deu este número?", dito de uma forma agressiva. E o resto foi igual: sem disponibilidade e sem sensibilidade.
Até aqui já começa a ficar mal!...

Fui fazer o teste e existiam três colaboradoes lá, um para organizar quem chega e quem espera, e outros dois na carrinha, um que faz um questionário/esclarecimento inicial, e um elemento que fazia o teste propriamente dito (os resultados sabem-se em 15/20 minutos). Quanto a dois dos elementos não tenho queixa alguma, simpáticos e acessíveis sem deixar de serem profissionais. Quanto a quem fazia o questionário/esclarecimento, a qual reconheci como sendo a rapariga que falava ao telefone (mas posso estar enganado, embora duvide), devo dizer que manteve o mesmo sistema. Comigo não foi bastante agressiva pois também não o permiti... Mas o tom arrogante manteve-se sempre...

Agora a questão é: Muitas das pessoas que recorrem a este teste fazem-no com um peso de dúvida e ansiedade. Se eu fosse uma dessas pessoas possivelmente tinha desligado o telefone com "vergonha" quando começaram a falar comigo com alguma agressividade e arrogância. É este tipo de atendimento que queremos? Claro que não...
E o pior é que por uns, pagam os outros, manchando um serviço onde há pessoas capazes, e disponíveis para os utentes...

Nem eu, nem ninguém deveria ser tratado como fui por parte daquela "profissional"...
Sejam voluntários ou não: não é essa a questão!...

4 comentários:

Alexandre Vilarinho disse...

A maior parte destes "profissionais" acha que está a fazer um frete. Então, toca de fazer a outra pessoa sentir-se mal... Pode ser que desista enão a vá "chatear" com o teste mesmo em si...
Vergonha, digo eu.

Anónimo disse...

Voluntários ou não: n é essa a questão...
Pois é, mas a questão não é mesmo o voluntariado. Aqui é o velho problema da função pública... os funcionários trabalham sem motivação, sem formação, estão mesmo a fazer-nos um ganda favor. É que os CAD são estruturas do Ministério da Saúde, como tal quem lá trabalha não são mais do que funcionários público, cuja incompetência já estamos habituados a presenciar em outros serviços. Felizmente que ainda há alguns que escapam...
Sara

Anónimo disse...

Que porcaria de atendimento! Também hei de ir fazer esse teste. COnfesso que nunca fiz.

Anónimo disse...

Se é só para poderem dizer à boca cheia que são uns anjinhos que fazem voluntariado na instituição "X" ou "Y" e tipo beata andarem a bater a mão no peito, mas depois por trás é o que se vê, mais valia ficarem trancados em casa.
E seja voluntários, ou não, a questão é que quem põe esta gente neste tipo de função também deveria ser responsabilizado pela falta de formação de quem colocam a dar a cara pelas instituições q representam.