19.4.06

Mariquinhas (para desanuviar)

Razões pelas quais eu sou um "mariquinhas":

- Fico com soluços quando bebo cerveja
- Chorei sempre as seis (sim, seis) vezes que fui ver o "Titanic" ao cinema e sempre na mesma parte
- Não sei andar de bicicleta
- Tenho medo do escuro
- Não consigo rever o "The Ring" sózinho
- As baratas metem-me nojo
- Tomo banho de água quente no verão
- Não sei nadar
- Abro sempre os mails com receio de que seja mais um vídeo com florzinhas e cãezinhos fofos e depois apareça uma cara toda cheia de sangue e com um grito a 100000 decibéis

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Brevemente: mais posts sobre a Igreja.

6.4.06

i-pop

Ao ler o Blog do Nuno - "viciado em cinema e tv", deparei-me com comentários de outros bloggers ao Oscar de melhor canção original.
Acho uma injustiça o facto de não ter sido a excelsa Dolly Parton a arrebatar a estatueta dourada, da mesma forma como arrrebatou a plateia com o seu delicioso sotaque redneck e o sentido de humor com que ela graceja as suas canções...

Infelizmente, a coisa inenarrável, bexigosa e purulenta que "levou com o Oscar" de melhor canção, foi uma verborreia dred, que a meu ver seria melhor empregue como laxante do que numa banda sonora. Mas lá para aqueles lados, eles acharam que "sim, senhor!"
Os "maricanos" valorizam este atentado lesa-cultura chamado de "Hip-hop" (quadril saltante); uma pseudo-cultura-mitra que é venerada como as jóias da coroa, um verdadeiro tesouro nacional.
Na realidade, esta audiomerda apenas vale alguma coisa junto daquelas pessoas que não fazem ideia o que é fazer música: para apreciadores de música do carrossel e dos carrinhos de choque, tais como os grandes êxitos dos Modern Talking e os laxantes auditivos crazy frog, gasoliiiiiiina, macarena, etmerda.
O que a mim me mete uma certa aflição é ver que cá em Portugal, que não temos nada a ver com os amerdicanos, os rapazinhos de côr e aqueles que têm a mania que têm mais côr (aquele pessoal da Amadora e arredores que gosta bué de ir à praia em grandes manadas, para depois aparecerem na televisão a dizer que "não, desta vez eu nem roubei nada ...!") também se vendem à pseudo aculturação de "ghetto negro americano".
Só que cá não temos negros americanos... a não ser que estejamos a contemplar os negros sul-americanos que vêm do Brasil para cá.
Mas se assim for, na cultura de favela não se usam aquelas expressões tão lusitanas como "YO!", "props, dred", ou o ubíquo "brother, orientaí uns náite!"
Estes "deslocados" são filhos de imigrantes dos palops e não só, ou até já são portugueses de gema. E eis aqui o plano brilhante deles: vamos armar-nos em "niggaz".
Repudiam a cultura do país que os acolheu e onde vivem - que por si só já é fundamentalmente crioula, felizmente - e muitos deles não vivem nas condições que mereciam, infelizmente!; e abraçam em vez disso a cultura de um vendedor de hamburgers e coca-cola.
Esta adopção dos "valores da cultura i-pop" faz-me sentir pena. Pena, porque as culturas dos seus paises de origem - Moçambique, Angola, Guiné, Cabo-Verde, etc; são muito mais interessantes, comunicativa e ricas do que esta alienação provocada por um chulo que se veste com impermeáveis de penas e gorros do Tommy midlefinger, e que tem um CD merdoso à venda na fnac do Colombo. Que pena, sinto eu, quando vejo que esta geração deixa morrer aquilo que traz no sangue, só porque chega à diáspora e acha que o tradicional não interessa.
Não se estão também eles a vender à macdonald's?
Estes também ja morriam.