31.1.05

Comunicado da P.J.

Desapareceu de casa de seus pais uma jovem do sexo feminino, com cerca de 14 anos de idade. Veste impermeável branco da FUBU ou Tommy Hillfiger da feira, com umas plataformas de 10 cms nos ténis (também brancos). Usa mini-saia branca, meias de renda à trapezista, uma mochila preta de 15 x 15 cms às costas, um top azul bebé decotado com uma nódoa amarelada de contorno irregular. Usa o cabelo esticado para trás com meio litro de gel, o contorno dos olhos era em lápis branco e usava um gloss gorduroso nos lábios que se assemelhava a lubrificante anal. Responde pelo nome de Jessica Marisa (também conhecida como Tina Lambona) e foi vista pela última vez na noite de 31 outubro de 2004 quando saía do seu local de trabalho - o Cabaret da Yvette; de braço dado com um indivíduo de cerca de 30 anos, de seu nome Nelson Ayrton que é segurança no Lidl de Xabregas. Qualquer notícia do seu paradeiro deve ser comunicada à respectiva entidade patronal ou ao posto da P.J. mais próximo.

28.1.05

tabacadas e afins

Como a maior parte dos comuns mortais, tenho alguns vícios. Alguns bons, outros menos bons, uns ridículos, outros saudáveis...
Mas de todos os vícios que existem, há um que nunca vou compreender: o tabaco. O tabaco e a hipocrisía inerente.

Não estão os fumadores a enriquecer vários dealers que conduzem grandes bombas e têm grandes casas? Não há aqui uma hierarquia de produtor(cortador/tipo que cultiva) / tabaqueira(traficante) / papelarias e tabacarias(dealer) / consumista(drogado)?
Qual é a diferença entre um ressacado pelas supostas drogas proibídas por lei e um fumador (palavra pomposa dada aos "drogados legais")?

Não vejo diferenças...

Principalmente quando vejo certos indivíduos que nem 12 minutos de barco aguentam; o girar da pedra do isqueiro constante e ainda o portaló não baixou na totalidade e já estão a acender o cigarrinho... Ou, mais idiótico ainda, uma menina que desceu à minha frente na mesma paragem que eu numa das carreiras da carris e parou no segundo degrau (são três) para acender o cigarrinho...
Serão estes indivíduos "normais" se comparados com os drogados?
Não acho...

Acho este vício nojento. É, na minha opinião, um tipo de fraqueza.
Claro que os não-fumadores não são os seres perfeitos. Mas há fraquezas (todos as têm) que não fazem sentido.


Sem sentido e ainda por cima hipócritas, mais me custa a perceber...


27.1.05

Perca peso agora, vá morrer longe...

Senhoras e senhores, basta! O mundo vai continuar a girar em torno do sol depois disto, mas justiça tem de ser feita. Não me contenho mais, isto tem de ser dito.
Chega de intro, isto tudo é para falar dessa seita de charlatães que anda para aí a "acharlatar" - falo dos adeptos da "religião" Herbalife que se apresentam ao comum dos mortais com o cliché: -"Perca peso agora, pergunte-me como!"
Ora bem, o problema é que o comum dos mortais não viveu numa caverna até à data, daí eu abraçar o seguinte cenário com algumas reservas (mas também fiquei surpreendido com o Bush ter ganho as eleições, daí...):
Ao caminhar pela rua amargurado com a vida, o nosso "working class hero" está pensativo e taciturno com os pontapés que a sorte lhe tem dado; quando de repente, saído de uma prece a S. Torcato e iluminado por um raio de sol, lhe surge uma avantesma herbaláifica no seu caminho (preocupado, por sua vez, que o negócio de enganar o próximo já não é tão rentável); ao desviar o olhar da calçada para o peito do charlatão, as palavras "perder peso" e "agora" saltam-lhe à vista, qual terra prometida para resolver TODOS os hipotéticos problemas de uma vida sem rumo.
-"Eu bem que podia perder algum peso - pensa o nosso herói - e assim ganhava coragem para ir falar com a JESSICA lá do trabalho" (a saber, caixa do Lidl).
Ao interpelar o mafioso de crachá, o nosso herói é remetido para uma girândola de falsidades e promessas vãs, todas a troco de dinheiro, de muito dinheiro atenção!
- Este produto fá-lo perder peso - garante o desenvergonhado dealer; mas depois convém ter também este que é muito energético para compensar as perdas em hidratos de carbono; já este permite-lhe ter um cabelo mais saudável, fortalece as unhas e evita as complicações renais que os outros produtos lhe vão provocar; e se quiser, tem aqui também um óptimo para limpar a pele (mas não posso fazer nada quanto às suas semelhanças com o homem elefante; peço desculpa, mas a Herbalife realmente acaba onde começa o Tallon, ou a Corporación Dermostética...).
E de solução em solução, este pseudo-messias da tanga vai enriquecendo à pala da estupidez e da falta de "escolinha" que aflige grande parte da população de um país que vê telenovelas, quintas de famosos, e vende a alminha para saber quem é o novo "ídolo" da praça.

Sentado no seu trono patrocinado pela McDonald's, Satanás regojiza-se...

26.1.05

ai, essas pesquisas...

Dizem os caros "fellow bloggers" d'O Acidental que o 24 Horas não tem site...
Então, tantos colaboradores (Diogo Belford Henriques, Eduardo Nogueira Pinto, Francisco Mendes da Silva, Inês Teotónio Pereira, João Marques de Almeida, José Bourbon Ribeiro, Luciano Amaral, Pedro Marques Lopes, Rodrigo Moita de Deus, Vasco Rato) e nenhum descobriu http://www.24horasinc.com ?
É que basta abrir a página do google, escrever "24 horas" e é até, o primeiro resultado da busca, como podem ver aqui .

Simples, não é...?

Chegou e disse:

O Dr. Francisco Louçã retirou as palavras ditas (em jeito de desabafo) ao Paulo Portas. Ok, mas não sei bem porquê. Não considero que o que ele tenha feito fosse descriminação contra um homossexual, ou contra os homossexuais em geral. O comentário -"O sr. não sabe o que é gerar uma vida, porque não tem filhos!" (ok, não foi ipsis verbis) não foi despropositado. Acho que fora o Schwarzenegger, ainda nenhum homem sabe o que é gerar uma vida. Procriar, tudo bem; criar, acho que sim; educar, pode ser... mas gerar, propriamente dito acho que não. Mas isto digo eu...

Se calhar, o que era para ser dito era -"O sr. bem tenta, mas não consegue engravidar, sua maluca, nha, nhanhanha, nhã!"


25.1.05

publicidade 2

*2 de 2*

- Musicas
Porque é que a maior parte dos anuncios vai buscar riffs/pedaços de musicas conhecidas e altera uma ou outra nota para ser diferente e não pagarem direitos de autor?Onde está a criatividade? Já não há compositores? Será para poupar dinheiro?Dois exemplos: o Kit Kat Crunch usa uma qualquer de Avril Lavigne e Sapo ADSL copiou a "Elevation" de U2.Aquele uivo é de fazer arrepiar os pelos da nuca... (se bem que qualquer anúncio do batráquio é boçal).

-Os de "champô"
Em todos os anuncios, as personagens tem uma cabelo nojento. O maior "defeito" de que todos se queixam é o cabelo ondulado/encaracolado. Uma lavagem com o novo "champô" e está resolvido! O cabelo fica brilhante, escovado! Até parece que esteve uma equipa de cabeleireiros nem há 15 minutos, a tratar-lhe do cabelo... Mas não! É do "champô"...

- Por fim, os anuncios enganadores
Quer seja de detergentes (cá estão eles de novo), desengordurantes, liquidos para a loiça e afins, é tudo anúncios do piorío. Porquê? Será que nós vamos acreditar que estas mariquices de power balls com quadrúpula acção deixam mesmo os copos a brilhar até parecerem cristal? E a tromba que a tipa faz quando vê que bem lavada ficou a travessa? Será que está com prisão de ventre? Ou é só mesmo estúpida?
Será que eles pensam que convencem mesmo o povo que uma gota lava mesmo cinco mil pratos rápidamente?
Lavam tão rápido que ainda nem rebobinaram o video das férias. E o tanso que preferiu lavar a loiça, sofre a dobrar...

Mas eu acredito. Desde que vi uma tipa a ter um orgasmo (estilo, dobragem canal 18) só porque usa um "champô", acredito em tudo...

24.1.05

Cavalheiro ou não, nem chega a ser questão.

Não sou cavalheiro por convicção. Acho que qualquer tipo de descriminação é para ser evitada, portanto, até a descriminação positiva me causa repúdio. Sim, porque o machismo, enquanto descriminação feminina, tem dois aspectos (tal como todos os tipos de descriminação): negativo - chauvinismo; positivo - cavalheirismo. O cavalheirismo é apenas a forma condescendente que um machista tem de se relacionar com as mulheres.
Para mim, respeito pelo próximo é o suficiente.

22.1.05

publicidade 1

*1 de 2*

Faz tempo que ando com isto na mente: os intervalos publicitários com que temos de gramar diariamente quer queiramos só ver um filme ou um simples noticiário, ou o que seja.

Não venho criticar a duração deste períodos flatulentos porque acho que está implícito (chega a fazer desesperar). Quero falar, sim, da criatividade (no caso, falta de) inerente.
Vou fazer um TOP 5 (sem ordem específica) dos mais asquerosos e que mais vontade me dão em destruir ao meu televisor.

- Qualquer anúncio da Xau.
Geralmente, é constituído por um punhado de "donas-de-casa" a cacarejar à volta de uma mesa e que gabam MUITO uma peça de roupa que têm à frente. Nenhuma delas sabe que embalagem é mas de repente, a caixa-surpresa é revelada. É Xau! UAU!
Depois vêm a piadinha do "ai, esta é para mim" enquanto puxa a caixa mas diz logo outra "não não, é para mim" e depois riem...
Porque não uma luta entre as duas para ver quem fica com a caixa? Assim estilo... bikini bem curto, dentro de uma pequena piscina cheia de mel, ou outra matéria viscosa e comestível...

- Os novos anúncios dos detergentes que contém materias Oxy-qualquer-coisa e que tiram MESMO as nódoas (é desta!).
Como reagiria você se um mongolóide (sem ofender os mongolóides) ou uma atrasadinha mental (sem ofensa para os atrasados mentais) lhe atirasse com café/ketchup/o que seja para a camisa para depois a lavar e todos verificarem a sua eficácia?
Com uma murraça na boca, claro...



Continua...

21.1.05

Debate Louçã - Portas

Ontem assisti ao debate entre os senhores Louçã e Portas. Não me vou alargar em comentários acerca do que foi referido, apenas quero comentar o pormenor da política seguida por cada um em relação à despenalização do aborto. Por falar em aborto, o Paulo (pausa para escarrar) Portas, afirmou que isto se trata fundamentalmente de uma questão de respeito por uma vida que tem direito a existir.
Ora bem, e que tal o respeito pelas vidas que já existem, sr. ex-ministro da defesa? Que tal o respeito pela decisão da mulher acerca daquilo que quer ou não quer fazer com o próprio corpo?
É crime (?) "destruir" uma vida que ainda não nasceu, mas não será maior crime hipotecar o futuro daquelas que já existem? Matar no útero é crime, mas deixá-los morrer à fome depois, ou andarem a vender o rabinho a algum político/apresentador de tv/jornalista/médico/advogado, para ter dinheiro para comer já não é crime?
Crime é perpetuar um governo de minoria que se baseia em chavões hipócritas para fingir que tem um código de moral a reger as suas decisões políticas.

Mas desculpem lá, àqueles senhores que elegeram este governo e que têm dinheiro para visitas relâmpago a Badajoz de cada vez que lhes surge um problema deste calibre...

19.1.05

ah pois...

Acho que o LOLito disse tudo e muito bem (afinal, ele é que tem o canudo, eu não)...

Portanto, resta-me desejar boa sorte aos pobres coitados que cá passarem pela "pepita fecal" e anunciar que o vernáculo português irá abonar neste querido espaço e florescer qual pinheiro frondoso rodeado de cogumelos selvagens de diferentes alturas e diâmetros pingados pelo orvalho da manhã, reflectindo leves raios do sol ...



Ou seja, muita merda.

Com os melhores cumprimentos

Brruummmm, brrrruuummmmm, muuuuô

Começar um blog é daquelas coisas que muito boa gente tem feito. Ora bem, como se não houvesse já verdete suficiente na net, eis aqui mais uma pepita fecal para brindar os bloggers por esse planeta fora. Isto não se trata de um anúncio público a advertir que o espaço que se segue é da responsabilidade dos intervenientes, mas sim só para avisar que nós não nos responsabilizamos de todo pelo chorrilho de incoerências que aí vem.
Já para avisar que não se atrevam a dizer que foram avisados...