17.8.05

(sotaque mormon) "Ir ao grego" world tour

Não sei o nome deles... nem quero saber... a partir da meia noite de 4ª feira, dia 17 de Agosto, passaram a chamar-se os "Ir ao grego".
Eu tento explicar, para quem não foi às festas do Barreiro ontem à noite: eu, o Alex, a Ana e o Pedro chegámos em frente ao palco Tejo (obrigado mike D), por volta das 23:00 e apanhámos o final da actuação dos "Boom Boom Macini" em que o vocalista (?!) estragava a actuação da própria banda, com uns guinchos merdosos. Se não estou em erro, cortaram-lhes o som, devido à qualidade vocal do rapazola. Dir-se-ia que matavam um porco com lâminas de barbear embebidas em vinagre cristal, a avaliar pelos grunhidos.
Depois houve o sound check da banda que vinha actuar a seguir. 6 ou 7 mânfios, afinavam os respectivos instrumentos; a saber - bateria, teclas, baixo (2 cordas), guitarra, saxofone (pensei eu -wow!) e mais outro tipo que podia ter saído de uma recriação qualquer d' "A última tentação do Martinho da Vila", a julgar pela indumentária. Este senhor era o vocalista, de seu nome Miguel Patrício.
Após uns minutos, dão início ao seu repertório com algo chamado "um gajo triste". A letra era uma coisa assim:
"Um gajo triste, (...) não anda direito na rua -pois não?
um gajo triste, não-sei-quê, ah e tal, um gajo triste.
um gajo triste, não se sente bem, não-sei-quantos, pois não?
(...) péréréré, péréréré, péréréré..."
- era nesta onda.
Mas isto cantado com mãos nos bolsos, como quem canta cantigas de resistência, cheias de alma, com a mania de que é o Olavo Bilac (sem voz de ataque de diarreia). No meio da canção interagia com o público a perguntar: "isto está uma bela noite de verão, não está?"
A canção arrastou-se durante cerca de 8 minutos, com um solo de saxofone (bem esgalhado, sem dúvida), um solo de guitarra, um solo de viola de caixa, e uma letra que não lembra a ninguém deste lado do hemisfério.
A música oscilava entre uns momentos jazz e folk, com uma pretensão algo mais erudita. Se calhar era mesmo essa pretensão que enjoava.
No fim da primeira canção, o vocalista (numa tentativa desesperada de criar empatia e cumplicidade com o público) faz a seguinte pergunta à plateia: "Opá, há aí alguém que tenha uma palheta macia para tocar guitarra? Eu SEI (pormenor) que alguns de voces são músicos, portanto, se alguém tem uma palheta que me possa emprestar, eu depois devolvo!" Um calmeirão de T-shirt vermelha que lá estava com a mulher e o filho, chegou-se à frente e entregou a palheta ao vocalista, que lhe agradeceu.
Contudo, na canção seguinte, o "pseudo" não sacou da viola. A palheta, se lhe deu uso, foi só a partir da 3ª canção, na qual resolvemos ir dar uma volta ao recinto da festa, enquanto aguardámos a actuação dos "My enchantment" - a banda de goth metal a puxar para black metal que tínhamos ido lá para ver.
Passados uns 20 minutos regressámos, apenas para constatar que os "Ir ao grego" ainda estavam a tocar.
A letra, desta feita, alcançava um novo ridículo, pasmem-se:
"Hoje é 4ª feira,
Hoje é 4ª feira,
Hoje é 4ª feira,
Hoje é 4ª feira,
ontem foi 3ª feira,
ontem foi 3ª feira,
ontem foi 3ª feira,
o dia antes de ontem,
eu nem sei o que era..."
Quando o vocalista anunciou que a seguir iam cantar outra pepita fecal designada "os monstros", decidimos que já chegava por hoje e fugimos de tanto terror auditivo. Os My enchantment que nos perdoem...

Foi assim tão mau.

2 comentários:

Alexandre Vilarinho disse...

Ainda por cima só agora soube que os ME tocatam bem antes desses dois peidos...

Que merda... :P



PS: Ó puto, aprende a fazer letras, corta o cabelo (demode) e muda de alfaite...

Nuno Cargaleiro disse...

Eu não acredito!.........

"Hoje é 4ª feira,
Hoje é 4ª feira,
Hoje é 4ª feira,
Hoje é 4ª feira,
ontem foi 3ª feira,
ontem foi 3ª feira,
ontem foi 3ª feira,
o dia antes de ontem,
eu nem sei o que era..."


LOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOL
é melhor parar... o pessoal do trabalho já pensa que estou mais doido que o costume...